Associação dos Oficiais da BM critica criação de Força Gaúcha de Pronta Resposta

Inspirada no modelo da Força Nacional, tropa vai ser composta de servidores ativos e inativos da segurança

A Associação dos Oficiais da Brigada Militar (ASOFBM) manifestou preocupação com a criação da Força Gaúcha de Pronta Resposta, que deve entrar em breve em atividade. “Não entendemos como adequada”, resumiu o presidente da entidade, coronel Marcelo Gomes Frota, lembrando que já existem batalhões e pelotões de operações especiais atuando de prontidão.

De acordo com ele, a portaria de número 115, que cria a Força Gaúcha, não chegou a ser discutida com as entidades de classe e profissionais da segurança pública. “Essa portaria não foi bem recebida no seio dos oficiais da BM”, avaliou, assinalando que a atuação da Força Gaúcha ocorre mediante determinação e coordenação direta do secretário estadual da Segurança Pública.

Para o coronel da reserva Frota, o emprego de policiais aposentados, com mais de 50 anos de idade, também é preocupante. “Vão fazer um enfrentamento com criminosos violentos”, afirmou, citando como exemplo as quadrilhas de assaltos a bancos e os traficantes de drogas em guerra.

O presidente da ASOFBM entende que a criação da Força Gaúcha precisa ser verificada inclusive do ponto de vista jurídico da legalidade e responsabilidade. “Ela não é uma instituição e organismo policial”, disse. “Realmente é um projeto que precisa ser melhor visto e estudado”, enfatizou, sugerindo o adiamento do lançamento da Força Gaúcha para que ocorra um diálogo com as entidades de classe.

O secretário Cezar Schirmer garantiu que a  unidade passa a operar, ainda durante esta semana. Inspirada no modelo da Força Nacional, a unidade do Estado vai ser formada por servidores ativos e inativos, sobretudo por policiais militares aposentados, além de policiais civis, bombeiros militares, agentes penitenciários e peritos.