Sem quórum, Câmara volta a postergar votações em torno da planta do IPTU

Base de Marchezan insiste em inverter pauta, mas oposição não dá acordo para examinar regramento de fundos antes

Foto: Divulgação

Como previsto, a base do prefeito Nelson Marchezan Júnior (PSDB) na Câmara de Porto Alegre tentou, hoje, inverter a pauta de votações colocando o projeto sobre o novo regramento de fundos públicos municipais à frente do que revisa a planta do IPTU. O requerimento chegou a ser apresentado pelo vereador Mendes Ribeiro Filho (MDB) mas, com a retirada de quórum, não houve votação. A estratégia partiu da oposição, que insiste em votar, antes, o projeto do IPTU.

Cabe agora à reunião de líderes, na próxima quarta, traçar a pauta do dia em plenário. A possibilidade de a base governista apresentar um novo requerimento semelhante também é estudada, adiantou o vereador Mauro Pinheiro (Rede), vice-líder do governo na Câmara. “Nós temos convicção de que podemos aprovar o projeto dos fundos e vamos procurar, novamente, trocar a priorização para colocar ele em votação primeiro”, pontuou.

As duas matérias foram encaminhadas pelo Executivo e passaram a trancar a pauta devido ao regime de urgência. A revisão dos valores do imposto depende de 19 votos para ser aprovada. Hoje, Marchezan conta com o apoio de cerca de 12 vereadores.

Em 2017, a Câmara rejeitou o primeiro projeto do Executivo para alterar a planta do IPTU. Foram 25 votos contrários, dez a favor e uma abstenção.