Sartori, sobre eventual segundo mandato: “não pensem que eu vou mudar de comportamento”

Candidato à reeleição pelo MDB defendeu um Estado menos burocrático, mais eficiente e que promova o desenvolvimento

Foto: Mauro Schaefer/CP

Convidado desta quarta-feira do programa Esfera Pública, o governador e candidato à reeleição pelo MDB José Ivo Sartori reforçou discursos adotados desde a campanha passada e ressaltou pontos que considera positivos na gestão atual. Ele deixou claro que não pretende fazer promessas de campanha, dizendo que isso é parte da “velha política”, e reiterou a intenção de “transformar e modernizar a gestão”.

“Não pensem que vou mudar de comportamento. Eu vou seguir fazendo as coisas que precisam ser feitas”, disse o emedebista. “Tomamos muitas atitudes, fizemos muitas coisas e fizemos o que podíamos fazer (…) não são (ações) do nosso governo, são do Rio Grande do Sul”, enfatizou.

Sartori defendeu um Estado menos burocrático, mais eficiente e que promova o desenvolvimento. Sobre questões polêmicas, o governador reforçou ser incoerente manter empresas como a CRM, a CEEE e a Sulgás sob o guarda-chuva do serviço público e afirmou que a extinção de fundações possibilitou economia aos cofres do Piratini. “Se não tivéssemos feito essa transformação, não teríamos adquiridos viaturas, escolas, unidades habitacionais e nem teríamos ajudado a reforma do Beneficência Portuguesa. Não é só questão de redução de gastos”, exemplificou.

Questionado sobre o concurso público para a Brigada Militar (BM), Sartori afirmou que os aprovados serão chamados conforme houver possibilidade, mas lembrou que o concurso segue dentro da validade, de dois anos. “No nosso governo, todos os concursados aprovados na Segurança foram chamados. Por isso, realizamos um dos maiores concursos para a Segurança Pública do RS. São 6,1 mil vagas que serão preenchidas conforme a disponibilidade financeira do Estado”, acrescentou.

Sobre o parcelamento dos salários, o candidato disse que “sempre foram pagos dentro do mês”. “Estamos no 10º dia útil deste mês e todos os servidores já receberam. Tomamos uma atitude consciente, correta e com dignidade”, declarou. Ele ainda garantiu ter “o maior respeito pelos servidores”. “Se não tomar uma atitude agora, vai ficar pior mais tarde. É um plano de governo para resolver um problema estrutural do Rio Grande do Sul”, ressaltou.

Por fim, Sartori disse que “quem quer mudar tudo não muda nada”. “Tem que saber os passos que se dá e entender os processos, dentro do que é possível ser feito. Nem sempre podemos fazer tudo o que a gente quer”, finalizou.

Durante os próximos dias, a Rádio Guaíba mantém sabatinas com os candidatos a governador, sempre dentro da grade do Esfera Pública. Sartori e Miguel Rossetto (PT) já participaram do programa. Na terça-feira (21), a emissora promove o primeiro debate com os postulantes ao cargo, em parceria com o Sescon-RS.