Secretaria da Saúde fará pagamento de salários direto aos trabalhadores terceirizados do Samu

Funcionários suspenderam as atividades e, com isso, serviço é realizado apenas com 25% da capacidade

Foto: Guilherme Testa/CP

A Secretaria Estadual da Saúde (SES) deverá fazer o pagamento direto aos trabalhadores de empresa terceirizada que atuam no Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Segundo o secretário adjunto, Francisco Bernd, em entrevista à Rádio Guaíba, foi obtida autorização da Procuradoria-Geral do Estado para fazer essa negociação. A medida tem como finalidade fazer com o que o serviço telefônico seja normalizado o mais rápido possível.

• Samu está atendendo com apenas 25% da capacidade

Com salários atrasados, os telefonistas da empresa terceirizada iniciaram paralisação no início da noite de ontem. Segundo o secretário adjunto, no primeiro momento a situação foi mais grave, e que, a partir das 23h de segunda-feira, começou a funcionar, mas de maneira precária, com o apoio de funcionários da Secretaria de Saúde de Porto Alegre. Isso fez com que o atendimento médio de tempo fosse de 18 minutos, quando o padrão é 12 minutos. Mesmo assim, segundo ele, não houve impacto grave ao atendimento. “Não temos (registrado) nenhum prejuízo relevante”, afirmou ele, em relação ao serviço da noite de segunda e madrugada de terça-feira.

Bernd detalhou que a empresa não recebeu o último repasse do Estado porque a mesma não estava efetuando os pagamentos dos funcionários. “Assim, retemos o pagamento do último mês. Inclusive, a Justiça do Trabalho determinou o bloqueio de qualquer tipo de pagamento para essa empresa, e pagar o boleto via judicial”, detalhou.

Equipe de emergência

Para evitar prejuízos em situações futuras, o secretário adjunto anunciou que será formada uma espécie de “brigada de emergência”, com servidores capacitados para atuar nessas funções.

Bernd explicou ainda que uma das dificuldades no atendimento são os trotes, que representam cerca de 50% das chamadas recebidas. Além disso, parte das demais são atendidas com o apoio de equipes das cidades e outros órgãos, como o Corpo de Bombeiros.