Em greve há 11 dias, integrantes do Sindicato dos Municipários de Porto Alegre (Simpa) realizaram, hoje, mais um ato em frente ao Paço Municipal. Em seguida, fizeram caminhada pelo Centro até a Secretaria Municipal de Educação, o que bloqueou o cruzamento entre as ruas dos Andradas e a Bento Martins. Segundo os municipários, a mobilização prestou apoio a trabalhadores de empresas terceirizadas, com salários em atraso. Com a adesão desses funcionários à paralisação, 70% das escolas da rede municipal tiveram algum tipo de prejuízo, nesta sexta-feira.
De acordo com a Secretaria Municipal de Educação, das 99 escolas da rede própria municipal, em 26 o funcionamento é normal e em 55, parcial (14 infantis e 41 de fundamental). Quinze unidades informaram à Secretaria estarem sem aulas, sendo três por conta da greve e 12 por conta da paralisação da terceirizada. Com três, a Pasta não havia conseguido contato até o fim da manhã. Já a rede pública comunitária, responsável pelo atendimento de 20,5 mil alunos em Educação Infantil e também em Ensino Fundamental, seguia operando de maneira plena.
Sobre o atraso no pagamento à terceirizada, a situação ocorre pelo cronograma estabelecido pelo Tesouro Municipal, tendo em vista o parcelamento dos salários dos servidores e as dificuldades do fluxo de caixa. Pelo contrato, a empresa Multiclean deve garantir o serviço de limpeza e merenda nas escolas mesmo com atrasos eventuais de pagamento. Por isso, a Smed informou estar acionando a prestadora. O pagamento é previsto para 13 de agosto e, até lá, a Pasta orienta as escolas a tomarem as medidas necessárias para mitigarem os efeitos de eventual falta do serviço de cozinha.