TJ lança nesta sexta aplicativo para facilitar adoções no RS

Há hoje cerca de 5 mil pessoas na fila de adoção no Rio Grande do Sul, para um total de 620 crianças e adolescentes em espera

Aplicativo será lançado oficialmente nesta sexta. Foto: Divulgação/TJ

O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul lança, nesta sexta-feira, o aplicativo “Adoção”, destinado a aproximar os adotantes das crianças e adolescentes à espera por um lar. O objetivo principal é reduzir as filas de adoção, um processo hoje bastante impessoal. A ideia é fazer com que os futuros pais possam travar contato com os menores de modo virtual, e vice-versa.

O aplicativo vai ficar disponível nas app stores, podendo ser baixado por qualquer usuário. Apenas cidadãos cadastrados no sistema do TJ e que estejam na fila de adoção terão acesso aos perfis das crianças. Para os demais internautas, fica disponível apenas uma versão explicativa da plataforma. Nos perfis para adoção, devem ser fornecidas informações como idade e condições de saúde.

Conforme a juíza-corregedora e coordenadora da coordenadoria da Infância e Juventude do TJ-RS Nara Cristina Neumann Cano Saraiva, há hoje cerca de 5 mil pessoas na fila de adoção no Rio Grande do Sul, para um total de 620 crianças e adolescentes em espera. A resposta para essa conta, que não fecha, é simples: o perfil das crianças disponíveis não encaixa com aquele procurado pelos adotantes. A cor da pela já não é o principal empecilho, mas sim a faixa etária: a maior parte dos pais em potencial quer bebês entre zero e dois anos, ou com idade máxima na casa dos seis.

Entretanto, dessas 620 crianças, a grande maioria supera dez anos e acaba passando a infância e adolescência em abrigos e casas de passagem. Outro fator é a questão dos irmãos, para os quais se busca adoção conjunta. Essa não é uma questão estanque, mas é levada em consideração na hora de procurar um lar para os menores.

O aplicativo busca, justamente, mostrar aos postulantes à adoção os perfis dessas crianças que, em um primeiro momento, não batem com os interesses dos adotantes. Vale lembrar que, atualmente, não é preciso um casamento formal para entrar na fila de adoção, nem mesmo uma união estável: os solteiros podem se candidatar, e o mesmo vale para casais ou cidadãos homoafetivos.

O lançamento oficial ocorre às 14h desta sexta, no Pão dos Pobres em Porto Alegre.