Simpa: 11 ofícios já foram entregues para marcar reuniões com Marchezan

Nota sustenta que "mentiras e farsas" vêm sendo montadas pelo prefeito para incriminar a entidade

Foto: Alina Souza/CP

O Sindicato dos Municipários de Porto Alegre (Simpa), rebateu, nesta quinta-feira, através de nota, as declarações do prefeito Nelson Marchezan Júnior sobre o ato no prédio da Secretaria de Saúde, no Centro Histórico da Capital, nessa manhã. No local, funcionários em greve fizeram manifestação para pedir a abertura de mesa de negociação e tentaram entregar um relho ao secretário Erno Harzheim.

Segundo o Simpa, 11 ofícios já foram enviados ao prefeito, na tentativa de solicitar reuniões para discutir pautas dos trabalhadores do município. “(…) apenas um foi respondido, dando conta de que uma reunião seria marcada para tratar do assunto. No entanto, até hoje essa reunião não foi agendada”, cita o texto. O sindicato sustenta que o secretário de Planejamento, Paulo de Tarso Pinheiro Machado, marcou a reunião, posteriormente cancelada pelo prefeito.

Sobre a ocupação do Paço Municipal, na terça-feira passada, o Simpa declarou que o policiamento presente verificou que não houve agressão a funcionários ou dano ao patrimônio. A entidade salienta, na nota, que há vídeos comprovando que não houve incidente com um guarda municipal que disse ter sido agredido, “mostrando o mesmo agente conversando, no Salão Nobre, com municipários e circulando pelo prédio”.

Os municipários defendem ainda que as entradas no Paço Municipal, na terça-feira, e na Secretaria da Saúde, no dia de hoje, foram pacíficas. A nota explica que a tentativa de entrega do relho era simbólica, análoga à entrega de um “troféu” ao secretário, que é acusado de assediar os trabalhadores da Saúde.

“Mentiras e farsas têm sido montadas pelo prefeito para tentar incriminar o Simpa e os municipários, com o objetivo de jogar a opinião pública contra nós”, considera a direção do Sindicato. A greve, que começou há dez dias, deve continuar por tempo indeterminado. Entre os pleitos, a abertura de negociação sobre a pauta da data-base da categoria e reajuste salarial.