Um grupo de moradores de rua, retirado pela Brigada Militar do viaduto Otávio Rocha, na avenida Borges de Medeiros, no Centro de Porto Alegre, ocupa agora a Praça da Matriz. Na manhã desta quinta-feira, dois moradores dormiam em bancos próximos do Memorial do Ministério Público do Rio Grande do Sul. Um outro grupo colocou uma barraca em frente ao prédio do Palácio Piratini.
Uma moradora de rua, que não quis se identificar, disse que está no local há três dias e garantiu não ter para onde ir. Ela montou uma “casa” na frente da Catedral Metropolitana de Porto Alegre, na avenida Duque de Caxias. No local, era possível encontrar colchões e cobertores deixados pelos moradores para secar em um dos canteiros da praça. Moradora da rua Espírito Santo, a aposentada Maria de Lourdes Severo disse que percebeu um aumento da população de rua na praça nos últimos dias. “É um lugar bonito que não pode ficar nessa situação”, opinou.
A Fundação de Assistência Social e Cidadania (Fasc) ficou de enviar uma equipe ao local para verificar a situação. Em maio, a Prefeitura de Porto Alegre apresentou o Plano Municipal de Superação da Situação de Rua, elaborado pela Secretaria Municipal da Saúde (SMS) e pela Fasc. O plano é composto de seis estratégias que envolvem a qualificação da abordagem, o programa Moradia Primeiro, a ampliação da Rede de Saúde Mental, o aumento da oferta de oportunidades, a revitalização do Espaço Urbano e o monitoramento da assistência.
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