Falta de chuva pode determinar bandeira vermelha até novembro nas contas de luz

Definição segue metodologia elaborada em norma da Aneel baseada em avaliação mensal dos reservatórios

Foto: Ricardo Giusti / CP

O diretor geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Luiz Eduardo Barata, disse hoje que, embora o nível de chuva no Brasil tenha melhorado no mês de agosto, os resultados baixos desde fevereiro não favorecem um bom desempenho para a geração de energia até o fim do período seco, no fim de novembro.

De acordo com Barata, essa condição pode determinar a manutenção da bandeira vermelha na tarifa de energia até novembro. Apesar de dizer que não gosta de comentar uma situação que pertence à seara da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), ele acrescentou que as previsões não são favoráveis, até o momento.

“De fato já estamos agora basicamente no meio do período seco e os sinais que temos dos institutos de clima são de que não deve ter mudança nenhuma em relação ao que a gente tem. Devemos continuar com uma primavera seca”, observou, após palestra no evento Brazil Windpower 2018, no Rio de Janeiro. O encontro é organizado pela Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica), pelo Conselho Global de Energia Eólica (GWEC) e pelo Grupo CanalEnergia. Barata acrescentou que ainda assim, conta com a chuva, agora, para reduzir o impacto no futuro.

Já o diretor da Aneel Sandoval de Araújo Feitosa Neto afirmou que ainda não é possível assegurar que a bandeira vermelha vai seguir até o fim do período seco, em 30 de novembro. Ele informou que a definição da bandeira segue a metodologia elaborada em uma norma do órgão baseada em avaliação mensal dos reservatórios.

Despacho de térmicas
Com a falta de chuvas, o ONS precisa acionar as usinas térmicas para garantir o abastecimento. Segundo o diretor, atualmente estão sendo despachados, pelo programa, cerca de 13,5 mil a 14 mil megawatts (MW), volume beneficiado pela queda da temperatura nessa semana. “A temperatura caiu, com isso a gente despacha menos térmicas”, apontou.