No nono dia de greve, servidores municipais de Porto Alegre fizeram uma caminhada, pela manhã, e agora se reúnem em assembleia, na Casa do Gaúcho do Parque da Harmonia.
Um grupo de 200 servidores, das áreas da saúde, da educação, da Fasc e dos departamentos municipais de Água e Esgoto (Dmae) e de Limpeza Urbana (DMLU), se concentrou em frente do Paço Municipal pedindo a saída do prefeito um dia depois de terem ocupado o local.
Em frente às escadarias do Paço Municipal, um servidor acendeu uma vela e estendeu um cartaz citando “877 dias para terminar o mandato de Marchezan”.
Os servidores municipais querem reajuste de salários com a reposição da inflação pelo IPCA integral (período de maio de 2016 a abril de 2018 no percentual de 6,85%), perdas históricas na ordem de 8,85%, melhoria das condições de trabalho com valorização e capacitação dos recursos humanos e reposição de quadros funcionais, além da rediscussão de projetos em tramitação na Câmara de Vereadores.
A diretora-geral do Sindicato dos Municipários de Porto Alegre (Simpa), Luciane Pereira, disse que o prefeito impediu secretários e integrantes do governo de negociar com a categoria, o que mostra o autoritarismo e a intransigência do chefe do Executivo municipal. “Estamos há dois anos sem reposição da inflação e seguimos na luta em defesa da cidade”, destacou.
Luciane afirmou que cresceu a adesão ao movimento por parte dos servidores da saúde, da educação e do Dmae. Segundo a diretora-geral, o prefeito “tenta liquidar com o patrimônio público de Porto Alegre”, o que vai prejudicar a população com a venda do Dmae e da Carris. Além disso, “a cidade sofre com ruas esburacadas e a falta de atenção e recursos na assistência social e na saúde da cidade”, acrescentou.
Após a manifestação no Paço Municipal, a categoria saiu em caminhada pela avenida Borges de Medeiros em direção à Casa do Gaúcho. A caminhada deixou o trânsito lento e congestionado nas avenidas Salgado Filho, Borges de Medeiros, no sentido Centro/bairro, e também na avenida Loureiro da Silva.
