Enterrado corpo de estudante brasileira morta na Nicarágua

Crime ocorreu em 23 de julho, em Manágua

Familiares e amigos sepultaram, por volta das 11h desta sexta-feira, no Cemitério Morada da Paz, em Paulista, região metropolitgana do Recife (PE), o corpo da estudante pernambucana Raynéia Gabrielle Lima, assassinada na cidade de Manágua (Nicarágua) no dia 23 de julho.

Raynéia, que havia se formado em Medicina, teve o corpo vestido com um jaleco do Hospital da Polícia Nacional de Manágua e um diploma da Universidade Americana em Manágua (UAM), que saiu no dia seguinte à morte dela.

A estudante morreu assassinada com um tiro no peito. Segundo o reitor da Universidade Americana (UAM), Ernesto Medina, o disparo partiu de “um grupo de paramilitares”, o que o governo desmente.

De acordo com a Rádio Universitária do Recife, cerca de cem pessoas participaram do enterro. O corpo de Raynéia chegou à capital pernambucana nessa madrugada, recebido no aeroporto Internacional dos Guararapes, por representantes da Secretaria de Justiça de Direitos Humanos (SJDH) de Pernambuco e do Ministério das Relações Exteriores.

O assassinato da estudante brasileira ocorreu horas depois de um fórum no qual o reitor Ernesto Medina disse que o crescimento econômico e a segurança na Nicarágua, antes da explosão dos protestos contra o presidente Daniel Ortega, em abril, “era parte de uma farsa” porque “nunca houve um plano que acabasse com a pobreza e a injustiça”.