Visual do viaduto Otávio Rocha muda após ação da Brigada Militar

Segundo a BM, local estava virando uma cracolândia e moradores de rua deram lugar a traficantes

Foto: Alina Souza/CP

Quem está acostumado a passar pelo viaduto Otávio Rocha, na avenida Borges de Medeiros, no centro de Porto Alegre, pode ter notado uma drástica diferença nesta quinta-feira. Diversas barracas que ocupavam as calçadas nas duas alças do viaduto foram retiradas, assim como não havia a presença de pessoas na região. O odor de urina e a sujeira, que eram normais, também não eram notados.

A mudança visual ocorreu após uma ação da Brigada Militar na quarta-feira. Segundo o comandante do 9º Batalhão de Polícia Militar, tenente-coronel Rodrigo Mohr Picon, há mais de duas semanas são feitas ações contínuas na região. “Não podíamos deixar se criar uma cracolândia no centro de Porto Alegre. Ali não havia mais moradores de rua, mas ladrões, traficantes e usuários de drogas”, afirmou ele. A última ação envolveu revista das pessoas no local e teve apoio do Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU), que fez o recolhimento de estruturas, que formavam barracas nas laterais do viaduto.

De acordo com o comandante, esses materiais, como madeiras e papelão, não seriam para formar abrigo aos moradores de rua, mas sim para o consumo e comercialização de drogas. Além disso, ele comentou que estava ocorrendo um aumento no número de casos de assalto a pedestres no local. As ações de policiamento deverão ser mantidas, com a presença de viaturas e de brigadianos a pé.

Foto: Alina Souza

O presidente da Associação Representativa e Cultural dos Comerciantes do Viaduto Otávio Rocha (ARCCOV), Adacir Flores, reconhece que a situação de abandono estava insustentável. Para ele, são fundamentais ações de revitalização e de ocupação do espaço, citando como os projetos de feiras multiculturais e outras iniciativas. “Precisamos devolver esse espaço à população”, comentou ele, recordando o valor histórico do Otávio Rocha para a cidade, sendo uma construção única.

O viaduto foi tombado pelo patrimônio histórico na década de 80. Porém, atualmente enfrenta problemas como a ocupação e de vandalismos, como pichações.

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