PGR defende no Supremo que prisão de Lula seja mantida

Raquel Dodge deu parecer contrário a novo recurso do ex-presidente

A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, defendeu hoje a rejeição do pedido no qual o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pretende aguardar em liberdade o julgamento de mais um recurso contra a condenação na Operação Lava Jato.

No parecer, Dodge sustenta que a prisão de Lula deve ser mantida como forma de prevenção e repressão dos crimes cometidos pelo ex-presidente. Segundo a procuradora, há “gravíssimas e inúmeras consequências judiciais” para Lula, sem precedentes no sistema jurídico brasileiro.

“Luiz Inácio Lula da Silva foi eleito para o mais alto cargo do Executivo Federal com um ferrenho discurso anticorrupção, alardeando sua honestidade e prometendo combate aos dilapidadores dos cofres públicos. Elegeu-se em virtude de sua retórica de probidade e retidão”, escreveu Raquel. Para a procuradora, isso eleva o “grau de censurabilidade da conduta” de Lula, que deve ser punido “à altura”.

Raquel Dodge afirmou ainda que os crimes cometidos pelo petista tiveram como motivação “manter o esquema de cartel e corrupção na Petrobras funcionando”.

Lula cumpre prisão provisória na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba desde o dia 7 de abril, por determinação do juiz Sérgio Moro, que ordenou a execução da pena de 12 anos e um mês de prisão pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro, no caso do triplex em Guarujá (SP). Moro se baseou na decisão do STF que autorizou prisões após o fim dos recursos na segunda instância da Justiça.

O STF retoma amanhã os trabalhos do segundo semestre após o recesso em julho. Não há data definida, porém, para o julgamento do recurso.

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