“Querem me desconstituir”, fala Ciro, em Porto Alegre, sobre adversários

Candidato à presidência participou da convenção estadual do PDT

Foto: Fabiano do Amaral/CP

O candidato à Presidência da República pelo PDT Ciro Gomes afirmou, nesta quinta-feira, em Porto Alegre, ao participar da convenção estadual do partido, que os adversários vêm tentando desconstituir a imagem dele frente ao eleitorado. “Vou lembrar os debates em que Leonel Brizola (PDT) era chamado de desequilibrado pelos adversários. Num desses debates, era Paulo Maluf (PP) quem provocava Brizola. Eles vão tentar fazer o mesmo comigo. Querem eliminar o carteiro que está entregando a verdade ao povo”, discursou.

Ciro também comentou a guinada do bloco autodenominado de Centrão para a campanha de Geraldo Alckmin (PSDB). “Esses partidos nunca estiveram nos meus cálculos. Disse que admitia conversar porque estou com um olho nas eleições e outro no dia seguinte. Mas uma aliança seria impossível pois temos divergências intransponíveis do ponto de vista das privatizações, dos males causados pela reforma trabalhista e toda essa entrega do patrimônio nacional ao capital privado orquestrada pelo senhor Michel Temer”, definiu.

O presidenciável sugeriu que Alckmin pode agora ser “transformado” pelas forças políticas à frente do Planalto e do Congresso como o “nome da mudança”. “Que tipo de mudança? Quem tem o chamado Centrão ao seu lado tem que explicar isso à população”, disparou.

Por fim, o trabalhista sinalizou interesse em compor um bloco de centro esquerda que, na visão dele, pode reunir o PSB e outras siglas “não atingidas pela Lava Jato”. Ciro elogiou muito Manuela D’Ávila (PCdoB) e, quando perguntado se via algum defeito na comunista, mencionou a “juventude” como um empecilho, mas garantiu estar aberto a uma eventual composição.