A convenção nacional do PCB, realizada nesta sexta-feira, decidiu apoiar o candidato do PSol, Guilherme Boulos, na eleição à Presidência da República. O encontro realizado na sede do Sindicato dos Petroleiros (Sindipetro), no centro do Rio, teve a presença de centenas de militantes do partido. O PSol lança amanhã a candidatura de Boulos.
“Nestas eleições, já decidimos, há algum tempo, a coligação com o PSol. Nós achamos que esta candidatura faz parte de uma política do PCB, de constituição de uma frente de esquerda. Ela também vem de baixo, dos movimentos sociais, como o indígena, o sem-terra e os demais, e se uniu aos partidos políticos. Isso dá um diferencial muito importante em relação à velha política”, disse o secretário-geral do partido, Edmilson Costa.
“Nós temos um candidato que não está ligado à velha política, não está ligado à corrupção e, ao mesmo tempo, tem um programa que se diferencia claramente do que foi derrotado pela vida: o da conciliação de classes. Nós vamos construir uma nova política, para um novo Brasil. Teremos surpresa neste primeiro turno e o Boulos vai para o segundo turno”, apostou.
O secretário-geral do PCB defendeu, no campo econômico, a retomada de todas as empresas privatizadas consideradas estratégicas para o país e a promoção de uma política de incentivo ao desenvolvimento nacional, baseada no investimento público e com controle dos trabalhadores.
Na questão do petróleo, o partido defende a total estatização da Petrobras e a paralisação das operações de venda de patrimônio da empresa.
De acordo com Edmilson, o apoio do PCB à candidatura Boulos garante mais 4 ou 5 segundos de televisão ao PSol.
Quatro convenções no fim de semana
Além do PSol, o PMN e o Avante se reúnem amanhã. O PSol anunciou que vai aprovar a candidatura de Boulos, com Sônia Guajajara de vice. O PSL se reúne no domingo, no Rio de Janeiro, e deve confirmar a candidatura do deputado Jair Bolsonaro. Até o momento, o partido não definiu o vice nem os aliados na chapa.
No sábado seguinte, PTB e PV fazem convenções. Ambos não devem lançar candidatura própria a presidente da República, mas definirão nesses encontros as políticas de alianças em 2018. O PSB se reúne em 30 de julho e também não vai ter candidato próprio.