CRM do Distrito Federal cassa registro de médico que operou em casa

Ontem, Cremerj já havia confirmado um pedido ao CFM de interdição ética do médico

Após a repercussão da morte da bancária Lilian Calixto durante um procedimento estético, o médico Denis César Barros Furtado, conhecido como Dr. Bumbum, que fazia a cirurgia, não pode mais exercer a profissão em Brasília. Ele teve o exercício profissional cassado pelo Conselho Regional de Medicina do Distrito Federal (CRM-DF). Hoje, ele e a mãe, Maria de Fátima Furtado, foram presos no Rio de Janeiro quatro dias depois da morte de Lilian Calixto.

De acordo com o CRM, o médico era alvo de um processo ético-profissional devido a outras irregularidades. Segundo o órgão, os motivos da cassação não podem ser divulgados por “sigilo processual”. As infrações de Denis Furtado eram investigadas pelo conselho regional do DF desde março de 2016, quando ele foi alvo de interdição cautelar para o exercício da profissão. Essa medida, porém, foi suspensa três meses depois pela Justiça Federal em Brasília.

A decisão de cassar o registro profissional de Furtado vai ser submetida ao Conselho Federal de Medicina e ele pode recorrer da medida. Atualmente, estão ocorrendo os prazos e etapas administrativas relativas à cassação, mas a assessoria de imprensa do CRM-DF não informou quando a decisão foi tomada pelo órgão.

Ontem, o Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro (Cremerj) informou que vai encaminhar ofício ao Conselho Federal de Medicina (CFM), com pedido de interdição ética do médico.