Governo prevê R$ 600 mil de economia por ano com centro de segurança no Morro Santa Tereza

Sede da TVE e FM Cultura pertence à Empresa Brasil de Comunicação

A atual sede da TVE e da FM Cultura, no Morro Santa Tereza, em Porto Alegre, pode se transformar em um Centro Integrado de Segurança. O secretário estadual da Segurança Pública, Cezar Schirmer confirmou o interesse da pasta na área, pertencente à Empresa Brasil de Comunicação (EBC). De acordo com o ex-presidente da Fundação Piratini e atual diretor de Radiodifusão e Audiovisual da Secretaria de Comunicação (Secom), Orestes de Andrade Júnior, a economia estimada é de R$ 600 mil por ano, em alugueis, caso até dez delegacias, hoje em espaços locados, passem a funcionar no local.

A ideia é instalar, no Morro, o Comando do Policiamento da Capital (CPC), uma unidade do Corpo de Bombeiros, além de delegacias da Polícia Civil. A EBC informou que o prédio é utilizado pela Fundação Piratini por meio de cessão de uso não onerosa. “A destinação do edifício está sob análise da empresa, que está realizando um estudo global sobre seus imóveis. O governo do Rio Grande do Sul encaminhou ofício solicitando a formalização de novo termo de cessão de uso diretamente com o Estado. Esse ofício também está sendo examinado”, informou a EBC, em nota.

Orestes de Andrade Júnior disse que a proposta vem sendo trabalhada desde o início do ano. “É uma vontade do governador Sartori. Estamos em tratativas desde o início do ano para transferir a cessão para o Estado”, afirmou. Conforme Orestes, a proposta é de que a cessão de uso para a SSP-RS seja de 20 anos.

“É uma área bastante delicada na Segurança de Porto Alegre, onde seria instalado um Centro Integrado de Segurança e traria mais uma economia para a sociedade que, atualmente banca o aluguel de 10 delegacias, ao custo de R$ 50 mil por mês. Essas delegacias ou seriam instaladas no Morro, ou no espaço da SSP, gerando uma economia de R$ 600 mil por ano para o Estado”, enfatizou Orestes Jr.

A Polícia Civil não confirmou o número de delegacias, nem os valores de aluguel, até o fechamento da reportagem.

*Com informações da repórter Jessica Hubler/Correio do Povo