Base de Marchezan e independentes tiraram quorum para evitar derrota, admite líder do governo

Moisés Barboza (PSDB) já reconhece que não há como votar a nova planta do IPTU antes de agosto

Foto: Andielli Silveira/CMPA

O líder do governo na Câmara de Porto Alegre, vereador Moisés Barboza (PSDB), admitiu, na tarde de hoje, que a base aliada e parte do chamado bloco independente – segundo ele, favorável ao projeto que cria a previdência complementar -, não deram quórum, na sessão extraordinária convocada para as 14h de hoje. De acordo com o vereador, não havia votos suficientes, em plenário, para aprovar o texto encaminhado pelo Executivo. Hoje, a base do prefeito Nelson Marchezan Júnior (PSDB) conta com cerca de 12 vereadores. Para aprovar o projeto, eram necessários 19 votos a favor.

“Os vereadores responsáveis com a cidade viram que o projeto de previdência complementar seria comprometido pela gana de determinados partidos políticos que querem, simplesmente, derrotar o governo”, avaliou.

Mesmo com a derrota do governo na noite passada, no projeto que previa alterações no Estatuto do Funcionalismo, o líder de governo não considera que o prefeito tenha saído fragilizado do embate.

Agora, o alvo é mirar parlamentares dissidentes para tentar obter votos suficientes para aprovar as mudanças na previdência municipal e a revisão da planta do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU). “Agora vamos conversar com os independeres”, reforçou.

Para a abertura de uma sessão extraordinária, era necessária a presença de pelo menos 19 vereadores em plenário. Só 16 confirmaram presença. A maioria dos presentes era de oposição. O presidente da Câmara, vereador Valter Nagelstein (MDB), tinha a possibilidade de fazer uma segunda chamada de verificação de quorum, mas desistiu. “Se não há acordo entre os líderes, eu não posso chamar uma terceira sessão extraordinária”, frisou.

Com isso, as votações foram prorrogadas para a tarde de segunda-feira, último dia antes do recesso parlamentar, que vai de 17 a 31 de julho. Nessa manhã, a sessão também não ocorreu, pelo mesmo motivo, mas com 17 vereadores presentes.

Com isso, Barboza já reconhece que não há como concretizar o objetivo do prefeito, de ver a Câmara votar a revisão do IPTU antes de agosto. Para que valha em 2019, a nova planta deve ser aprovada até o fim de setembro.

Confira a lista dos vereadores que deram presença, na tarde de hoje: