Médicos, enfermeiros e técnicos em enfermagem devem parar na quarta

Motivo é ausência de reajuste salarial à categoria e ameaça da retirada do subsídio

Médicos, enfermeiros e técnicos em enfermagem do Instituto Municipal de Estratégia da Saúde da Família (Imesf) em Porto Alegre vão paralisar as atividades, por 24h, na próxima quarta-feira. A decisão passou em assembleia geral da categoria, na noite desta quinta, organizada pelo Sindicato dos Enfermeiros do Rio Grande do Sul (Sergs) e pelo Sindisaúde-RS.

Com a medida, o atendimento dos mais de 100 postos da atenção básica de saúde em Porto Alegre deve ser afetado. Os postos servem, prioritariamente, às necessidades de saúde da população de baixa renda.

O motivo da paralisação é a ausência de reajuste salarial à categoria e a ameaça de retirada, pela Prefeitura, de um subsídio de 10% incidente no vencimento básico. “No salário dos enfermeiros a perda do subsídio é uma perda média de R$ 600 por mês”, informou o presidente do Sergs, Estêvão Finger.

Da administração Marchezan, a categoria exige, no mínimo, reposição salarial da inflação do INPC no período dos últimos 24 meses, em um índice calculado em 6%. O Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers) comunicou ao Sergs, segundo Finger, que a vai acompanhar a decisão da assembleia do Imesf.

Na semana seguinte após a paralisação de 24h, a categoria se reúne em mais uma assembleia geral. Se não houver avanço nas negociações, o que ainda não aconteceu nos últimos dois anos, conforme o presidente do Sergs, pode ser votada greve geral dos trabalhadores – cerca de mil, no total.