Central integrada de chamadas de emergência opera a partir de novembro no RS

Regiões de Porto Alegre, das Hortênsias e Serra vão estrear o projeto

A partir de novembro, uma central integrada vai atender todas as chamadas de emergência realizadas para os bombeiros, polícia, trânsito e saúde. A ideia é que, após os testes iniciais, os serviços sejam acionados a partir de um único número, que pode ser o 190.

As regiões de Porto Alegre, das Hortênsias e a Serra vão ser as primeiras a executarem o projeto do Sistema de Segurança Integrada com Municípios (SIM/RS). Em um primeiro momento, os números de emergência conhecidos pela população serão mantidos, porém todos serão recebidos em uma mesma central.

Após o período de centralização, um número único vai passar a ser divulgado. “Estamos investindo cada vez mais em integração, inteligência e tecnologia”, enfatizou o secretário da Segurança Pública, Cezar Schirmer.

Para o coordenador do SIM/RS, tenente-coronel Alexandre Aragon, a central vai permitir uma melhor distribuição de equipes, agilizando o atendimento à ocorrência. “A população acaba ligando para vários números, o que resulta no deslocamento de diversas equipes para o mesmo lugar, sem necessidade. O contrário também acontece, quando é preciso que Samu, Brigada Militar e Polícia Civil estejam no local da ocorrência, por exemplo, mas o cidadão não sabe para qual número ligar”, lembrou.

Testes

A ideia de adotar essa metodologia no Brasil surgiu em 2010, com base na experiência norte-americana, que implantou o sistema após os atentados ocorridos em 11 de setembro de 2001. À época, os órgãos não tinham interconexão. “Isso foi prejudicial, não só para a ação após o ocorrido, mas também para uma possível prevenção do crime”, enfatizou Aragon.

Em 2014, durante a Copa do Mundo, foram montados 12 centros de operações no Brasil, nas cidades-sede dos jogos. O mesmo procedimento foi replicado nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em 2016. “Se facilitamos a vida dos estrangeiros, por que não facilitar também a vida dos brasileiros?”, questionou Aragon.