Preso por integrar quadrilha de roubo de carros está envolvido na morte de Eliseu Santos

Robinho foi detido no sábado e é peça-chave do assassinato do secretario municipal de Saúde em 2010

Robinho foi preso no sábado em ação da PRF | Foto: Polícia Rodoviária Federal / Divulgação / CP

O criminoso preso no sábado pela Polícia Rodoviária Federal em Porto Alegre é um dos envolvidos no caso Eliseu Santos,  sendo peça-chave na elucidação do latrocínio. A confirmação foi realizada na manhã deste domingo por policiais civis que atuaram nas investigações sobre a morte do então secretário municipal da Saúde, ocorrida na noite de 26 de fevereiro de 2010, no bairro Floresta, na Capital.

Conhecido como Robinho, o criminoso, de 31 anos, conduzia um Toyota Etios, com placas clonadas, quando foi abordado no final da tarde de sábado pelo efetivo da PRF no km 20 da BR 448,a Rodovia do Parque. Com extensa ficha de antecedentes criminais, ele foi identificado como integrante de uma quadrilha oriunda de Sapucaia do Sul que comete roubo de veículos na Região Metropolitana. No interior do veículo foram encontrados diversos miguelitos, um radiocomunicador sintonizado na frequência policial e diversos objetos empregados como disfarce durante os assaltos, como chapéus, perucas, óculos e vestimentas. O Toyota Etios havia sido roubado na quinta-feira passada, dia 5, na Capital. A ocorrência foi repassada à Polícia Civil de Canoas.

Robinho havia sido preso na operação Batedor da Delegacia de Roubos e Furtos de Veículos do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) da Polícia Civil em 26 de abril de 2010. A ação teve como objetivo desarticular então uma quadrilha de roubos de veículos com base em Sapucaia do Sul e que agia em bairros de classe média e alta de Porto Alegre. O bando era liderado pelo criminoso Japonês e seu braço-direito Júlio Seco.

Em depoimento aos agentes na época, Robinho confirmou que conduzia o Vectra, onde estava dois cúmplices, e que pretendiam roubar um veículo no bairro Floresta na noite de 26 de fevereiro de 2010. O trio visualizou então um Toyota Corolla estacionado na rua Hoffman, quase esquina com a avenida Cristóvão Colombo. “Era qualquer carro”, declarou Robinho então em depoimento gravado em vídeo com autorização judicial ao delegado Heliomar Franco, que coordenava a DRFV do Deic.

O relato do bandido reforçou a tese de latrocínio. Ao aproximar-se do automóvel para embarcar, Eliseu Santos foi então abordado e acabou sendo baleado e morto ao lado do seu automóvel. A esposa e filha dele, que já estavam dentro do carro escaparam ilesas. O caso teve forte repercussão na época, sendo levantada inclusive a hipótese inicial de crime político.