Identificado foco de protozoário causador de toxoplasmose em caixa d’água de Santa Maria

Autoridades comentaram que DNA do protozoário não é o mesmo daquele que causou surto da doença na cidade

Autoridades concederam entrevista coletiva sobre resultado de análise. Foto: Rodrigo Thiel

O Ministério Público Federal (MPF) confirmou na manhã desta sexta-feira (06) que foram encontradas amostras positivas para toxoplasmose em um reservatório residencial de água em Santa Maria. A casa, de classe média alta, fica localizada no bairro Fátima. Conforme o MPF, o local é abastecido por água da Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan), mas a origem do foco não foi identificada.

A testagem positiva para o protozoário causador da toxoplasmose foi confirmada por um laboratório da Universidade de Londrina, no Paraná. Em entrevista coletiva, o secretário estadual da Saúde, Francisco Paz, garantiu que “a investigação sobre a origem do surto segue sendo feita por técnicos do Estado e do Ministério da Saúde e que essa informação em nada muda a estratégia adotada pelas autoridades para conter o avanço surto.” Além disso, garantiu que a Corsan seguirá com trabalhos de limpeza em reservatórios e coleta de amostras para análise.

Segundo informações coletadas pelo MPF, o tipo de protozoário identificado nas amostras não seria o mesmo que causou a morte já confirmada pela doença de quatro fetos na cidade. A informação é de que o toxoplasma identificado não é o causador do surto, mas a prefeitura da cidade garante que “é um fato que precisa ser investigado”. A procuradora do MPF, Tatiana Dorneles, disse à Rádio Medianeira, de Santa Maria, que a estimativa é de que cerca de quatro a cinco mil pessoas possam estar contaminadas com o protozoário da toxoplasmose na cidade.

As autoridades sanitárias, ainda assim, seguem enfatizando a necessidade de ingerir apenas água fervida ou mineral e evitar o consumo de alimentos crus.