Com albergue interditado, médico condenado por abuso sexual cumpre prisão domiciliar em Rio Grande

Sem vagas, local deixou de receber detentos em abril, devido a um incêndio

Condenado a 4 anos e 3 meses de reclusão em regime semiaberto por violação sexual mediante fraude, um médico de Rio Grande passou a cumprir pena em casa, em prisão domiciliar. O motivo: sem vagas, o albergue da Penitenciária Estadual do Rio Grande segue interditado, desde abril, devido a um incêndio. Com isso, o homem, de 68 anos, recebeu uma tornozeleira eletrônica.

Preso na tarde de terça-feira no consultório onde atendia, no centro de Rio Grande, o médico não apresentou resistência. Ele chegou a ser levado à penitenciária, antes da decisão que o manteve em casa.

Conforme a advogada Dulce Helena Zogbi da Silva Correia, que realizou a defesa do médico durante o processo, o cliente garante ser inocente.

Os dois crimes citados no processo ocorreram, em 2013, dentro do consultório. “Ele ainda responde a outro processo, ainda não julgado, por um fato semelhante ocorrido em 2016 no hospital da Furg”, conforme o delegado. Sem usar de violência ou ameaça, o médico enganou e simulou exames para tocar nas partes intimas das vítimas, segundo o processo judicial.