Caso Alemão Caio: defesa se recusa a representar acusado e julgamento fica para setembro

Processo teve o primeiro júri marcado ainda em 2014

Imagem: Divulgação TJ/RS

Marcado para esta quinta-feira, na Comarca de Torres, o julgamento de Carlos Flores Chaves Barcellos, conhecido como “Alemão Caio”, teve de ser remarcado, para 13 de setembro. a juíza Marilde Angélica Webber Goldschimidt, precisou reagendar a audiência após a defesa do acusado se recusar a representar o réu em plenário. A advogada Marcela Gomes alegou que problemas de saúde impediram Barcellos de comparecer ao julgamento.

Alemão Caio responde pelo homicídio triplamente qualificado do namorado da ex-mulher, José Augusto Bezerra de Medeiros Neto, pela tentativa de homicídio duplamente qualificado de Ivanise Menezes Chaves Barcellos e pelo crime de porte ilegal de arma.

A juíza também aplicou uma multa de 30 salários mínimos à advogada. Conforme Marilde, Marcela Gomes teve conduta incompatível com as regras de um júri. Quando foram chamadas as duas testemunhas, conhecidas do réu, ela não formulou nenhuma pergunta e, com isso, elas não se manifestaram.

Diante do silêncio da defesa, a juíza dissolveu o Conselho de Sentença. Para a magistrada, ao deixar de exercer a defesa do réu, a advogada buscou justamente a nulidade do julgamento.

Marilde lembrou que o processo tramita desde 2011 (quando o crime ocorreu) e teve o primeiro júri marcado ainda em 2014. “Cinco júris já foram designados”, lembrou. A juíza classificou a conduta como “desrespeitosa” e enfatizou que o preparo de uma sessão de julgamento envolve “trabalho árduo, despesas e desgastes”.