Brasil perdeu 6,7 milhões de linhas de celular em um ano

Embora o saldo dos últimos doze meses tenha sido negativo, a proporção de acessos pós-pagos aumentou

O Brasil fechou o mês de maio com 235,5 milhões de linhas de celular. O total é 6,7 milhões menor que o registrado em maio do ano passado. Os dados foram divulgados hoje pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). As estatísticas medem os acessos e não o número de pessoas com linhas, já que diversas pessoas podem adquirir mais de um chip.

Do total de linhas registradas em maio, 144,15 milhões eram pré-pagas, o que representa 61%. No período de um ano, a queda desse tipo de acesso cresceu, chegando a 17,7 milhões. Enquanto isso, no mesmo período os contratos pós-pagos cresceram 11 milhões. Ou seja, embora o saldo dos últimos doze meses tenha sido negativo, a proporção de acessos pós-pagos aumentou. Em geral essa modalidade está relacionada a maiores pacotes de voz e dados.

Os dados da Anatel mostraram ainda que a tecnologia 4G se estabeleceu no Brasil. Essa modalidade foi a mais popular entre os acessos, chegando a quase metade (49%). Após quatro anos do início da implantação da 4G, o 3G ainda é representativo, sendo usado em 31,7% dos acessos, enquanto o 2G está presente em 12% das linhas.

Mercado
A operadora Vivo, da empresa Telefônica, é a líder de mercado, com 31,9% dos acessos. Em seguida vêm a Claro (25%), a TIM (24,25%) e a Oi (16,5%). Enquanto a Claro se consolida oferecendo acesso à internet e televisão paga por meio da NET, a Oi segue em busca da solução da crise financeira.

No recorte por estado, São Paulo desponta com 65,5 milhões de linhas. O estado é seguido por Minas Gerais (22,4 milhões) e Rio de Janeiro (20,5 milhões). Segundo a Anatel, nos últimos doze meses, a ampliação na base de linhas de celular foi maior em estados do Norte, como Roraima (+ 4,5%) e Amazonas (3,65%).