Pela terceira vez, PF pede mais prazo para concluir inquérito dos Portos

Ministro do STF Luiz Roberto Barroso vai decidir sobre solicitação

A Polícia Federal pediu, nesta quinta-feira, ao ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), uma nova prorrogação de 60 dias das investigações no âmbito do inquérito do Decreto dos Portos. O principal alvo do processo é o presidente da República Michel Temer, que editou medidas que podem ter beneficiado empresas do setor portuário. Essa é a terceira vez que a PF pede a prorrogação das investigações, conforme o jornal O Estado de S.Paulo.

O inquérito começou investigando, além de Temer, Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR), ex-assessor do presidente e ex-deputado federal, Antônio Celso Grecco e Ricardo Conrado Mesquita, respectivamente, dono e diretor da Rodrimar. Ao longo da apuração, entraram também na mira João Baptista Lima Filho, o coronel Lima, amigo pessoal do presidente, e executivos do Grupo Libra. Todos já negaram envolvimento em irregularidades.

Investigação

Na semana passada, Barroso atendeu ao pedido da procuradora-geral da República, Raquel Dodge, e autorizou a inclusão da colaboração premiada do corretor Lúcio Funaro no inquérito. Com a inclusão formal no inquérito, a delação de Funaro pode ser usada para corroborar as investigações em curso e fundamentar uma eventual terceira denúncia contra o presidente.

Além de ampliar o rol de investigados, o inquérito também passou a apurar a atuação do grupo político de Temer em fatos anteriores ao decreto, mas também relacionados ao setor portuário. A inclusão do acordo de Funaro reforça essa nova linha de investigação uma vez que ele aborda fatos relacionados à edição da Medida Provisória 595/2013, conhecida como MP dos Portos.