Médicos definem reivindicações para seguir trabalhando em Hospital de Osório

Direção do Hospital garante não ser possível fazer acordo com a categoria em relação aos salários pendentes

Imagem: Divulgação Simers

Os médicos do Hospital São Vicente de Paulo, em Osório, decidiram, em assembleia na tarde desta terça-feira, não aceitar a redução do valor da hora trabalhada, ajuizar ações de cobrança dos valores pendentes de 2016 e exigir o pagamento imediato de três meses relativos a 2018 em que o salário atrasou. Além disso, definiram montar uma pauta de reivindicações que envolve o pagamento dos honorários em dia, a formalização de contratos e melhores condições de trabalho, entre outras exigências.

Conforme o diretor do Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers), André Gonzales, a situação é acompanhada pela entidade. De acordo com ele, a situação se agrava em função da incerteza sobre o futuro do Hospital. Gonzales lembra que o prazo de intervenção da Prefeitura de Osório no hospital, que ocorre desde 2016, termina em 20 dias e não deve ser renovado. Até o momento, três empresas se mostraram interessadas em assumir a gestão da instituição, mas nada se definiu até o momento.

O diretor interventor do Hospital, Márcio Rolim de Araújo, disse, na semana passada, que não é possível fazer um acordo com os médicos em relação aos salários pendentes e que vai conversar com a categoria, ainda sem data marcada.

No dia 20, os demais funcionários da instituição encerraram a greve após aceitarem a proposta de receber o 13º salário de 2017 de forma parcelada.