MP investiga efetividade do cercamento eletrônico no Parque da Redenção

Conforme promotora, das 26 câmeras, sete estão inoperantes

A Promotoria de Meio Ambiente de Porto Alegre abriu um inquérito para averiguar quais as medidas preventivas que a prefeitura vem executando para evitar danos e vandalismos no patrimônio natural e cultural do Parque Farroupilha (Redenção). Conforme a promotora Ana Marchesan, o MP solicitou a documentação relacionada aos editais de licitação e aos contratos celebrados para colocação das 26 câmeras de monitoramento no Parque. Em recente visita ao Centro Integrado de Comando da Capital, o órgão percebeu que sete equipamentos estão inoperantes e o restante com o foco em coibir crimes contra os usuários, e não na vigília de monumentos e espaços temáticos do parque.

“A gente verifica que esse cercamento é muito complicado. Talvez não seja, de fato, eficiente o suficiente para conter esses danos. E a gente tem visto, historicamente, que a Redenção tem sofrido muitos danos ao seu patrimônio cultural”, disse a promotora.

Reuniões com a Prefeitura, Guarda Municipal, Brigada Militar e associação de moradores do bairro foram realizadas, lembra Ana. Entre as possibilidades de ações, a reativação do posto da Brigada Militar, fechado em 2016.

Um grupo de peritos do MP vai elaborar um relatório para que o órgão cobre medidas do município para incrementar o serviço de monitoramento eletrônico. A prefeitura recebeu prazo até a primeira quinzena de julho para encaminhar levantamento com informações como a localização das câmeras e qual o foco das imagens.