SUS incorpora novos tratamentos para doenças raras

Enfermidades atingem até 65 pessoas em cada grupo de 100 mil, sendo 80% decorrentes de fatores genéticos, conforme a OMS

A Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias aprovou novas opções de cuidado para quem sofre de doenças raras no Brasil. Os tratamentos, de acordo com o Ministério da Saúde, devem ser disponibilizados em unidades do Sistema Único de Saúde (SUS) a partir do segundo semestre de 2018.

Com as alterações, portadores de Mucopolissacaridoses tipo I e II vão contar com duas novas opções de medicamento: a laronidase e a idursulfase alfa. Para quem sofre de Deficiência de Biotinidase, a novidade é a aprovação de protocolos orientando a assistência na rede pública. Também foram atualizados os protocolos para a Síndrome de Turner e a Hepatite Autoimune.

Os chamados Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas estabelecem critérios para diagnóstico; tratamento preconizado, incluindo medicamentos e demais tecnologias; posologias recomendadas; cuidados com a segurança dos doentes; mecanismos de controle clínico; e acompanhamento e verificação de resultados terapêuticos.

Números
De acordo com a Organização Mundial da Saúde, as doenças raras atingem até 65 pessoas em cada grupo de 100 mil, sendo 80% decorrentes de fatores genéticos. No Brasil, cerca de 13 milhões de pessoas são acometidas por esse tipo de enfermidade.

O ministério informou que, desde 2014, o SUS incorporou 19 exames de diagnóstico e 11 medicamentos, além de organizar a rede de assistência a doenças raras no Brasil. O país conta, atualmente, com sete serviços de referência nesse tipo de atendimento.