Denunciada tentativa de estupro em Casa do Estudante da UFSM

Reitor publicou nota de repúdio e universidade relatou que caso é avaliado para possíveis punições

Foto: Divulgação/UFSM

Uma denúncia de tentativa de estupro publicada por estudantes da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), no Facebook, gerou protestos entre a comunidade universitária. O crime, conforme relato de uma das alunas, ocorreu no dia 15. De acordo com ela, o autor é um morador da Casa do Estudante do Campus de Camobi. Nos últimos dias, diversas manifestações foram realizadas pedindo a punição do infrator. O delegado regional de polícia, Sandro Meinerz, informou que a Delegacia da Mulher já tomou conhecimento da denúncia e trabalha para esclarecer o caso.

Nesta sexta-feira, o reitor, professor Paulo Burmann, divulgou nota lamentando a situação. “A Universidade Federal de Santa Maria reitera seu total repúdio a qualquer tipo de desrespeito às liberdades individuais e coletivas, assédio, violência, constrangimento, ataque aos direitos humanos e, particularmente, à violência do estupro envolvendo mulheres no campus sede. Neste sentido, reafirma a determinação a todos os seus órgãos internos de ‘tolerância zero’ a estes ataques e informa que as devidas providências administrativas, responsabilização e punição dos agressores já estão sendo tomadas”, assegurou.

Após a denúncia formal da agressão junto à Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis (PRAE), a UFSM abriu um processo administrativo, encaminhado em 20 de junho à Comissão Permanente de Sindicância e Inquérito Administrativo (COPSIA). Uma portaria federal de 2017 prevê a aplicação de penalidades de desligamento (expulsão) ou suspensão em casos de crime de racismo, agressão física, assédio sexual e/ou moral ocorridos nas dependências da Universidade.

A Instituição frisa que a investigação e a responsabilização criminal cabem às autoridades policiais e ao Judiciário. No intuito de preservar os estudantes, a UFSM mantém a identificação dos agressores e das vítimas em sigilo. De acordo com a nota, a universidade vem disponibilizando suporte psicológico às estudantes que realizaram a denúncia, através de assistentes sociais, psicólogos, assessoria jurídica e equipe da Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis.