Trump recua e dá ordem para que EUA evitem separar pais e filhos após imigração ilegal

No Brasil, deputado pede explicações ao Itamaraty sobre 49 crianças nessa situação

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou hoje um decreto para que os imigrantes ilegais que forem detidos tentando entrar no país não sejam separados dos filhos, se forem crianças e adolescentes.

Com o decreto, pais e filhos não serão mais separados como vinha ocorrendo. “Vamos ter fronteiras fortes, muito fortes, mas vamos manter as famílias unidas”, disse Trump.

Segundo o presidente norte-americano, segue mantida a determinação de “tolerância zero” em relação à imigração considerada ilegal.

Há informações que cerca de 2 mil crianças e adolescentes estão isolados dos pais e separados das famílias desde a promulgação da nova lei de imigração. Segundo o cônsul-geral adjunto do Brasil em Houston, Felipe Santarosa, 49 crianças brasileiras estão em abrigos nos Estados Unidos.

Os governos do México, Honduras e El Salvador reagiram à iniciativa e alegaram que a medida viola os direitos humanos.

Deputado brasileiro pede explicações 

O deputado federal Arnaldo Jordy (PPS/PA) solicitou à presidência da Câmara dos Deputados que encaminhe um requerimento de informações ao Ministério das Relações Exteriores para que sejam prestados esclarecimentos sobre as ações desenvolvidas pelo governo brasileiro para atendimento às crianças separadas dos parentes nos Estados Unidos.

No requerimento, Jordy questiona as condições de assistência (saúde, educação, psicológicas) dispensadas às crianças e qual a providência vai ser tomada para atender um adolescente de 17 anos, que conforme veiculado pela mídia, deve completar 18 em breve, correndo risco de ser transferido para o sistema prisional americano.

Segundo o regimento interno da Câmara, o requerimento de informações busca solicitar informações a um ministro de Estado. O documento vai ser encaminhado pelo primeiro secretário da Câmara, deputado Giacobo (PR-PR). Quando acionado formalmente, o ministro questionado, nesse caso o chanceler Aloysio Nunes, deve responder os questionamentos em até 30 dias.