A Brigada Militar mantém, por tempo indeterminado, o reforço no policiamento ostensivo em Viamão, na Região Metropolitana, após a chacina na madrugada da última terça-feira, quando sete pessoas foram executadas em três locais distintos do bairro Parque Índio Jari. A informação foi confirmada na manhã desta quarta-feira pelo comandante do 18º Batalhão de Polícia Militar, tenente-coronel José Carlos Pacheco.
“O tempo [de permanência do efetivo] será em razão da percepção de segurança, dentro de uma normalidade para a comunidade. Sabemos que foram homicídios pontuais, tem gente que trabalha na comunidade, que tem família, que precisa sair para trabalhar. Tudo tem que voltar à normalidade”, explana.
O efetivo dos pelotões de operações especiais do 18º BPM e demais batalhões do Comando de Policiamento Metropolitano da BM estão realizando ações de patrulhamento e abordagem. Um helicóptero do Batalhão de Aviação da BM sobrevoou a região em apoio. O comandante não revela o número de policiais e viaturas deslocadas para Viamão.
“Não divulgamos os números por questão de segurança, mas posso assegurar que é um número suficiente de policiais e viaturas. Mas eu volto a dizer que foram mortes pontuais. É ruim falar isso, mas felizmente não morreu ninguém errado, que não tivesse envolvido no crime”.
O Prefeito de Viamão, André Pacheco, esteve presente na entrega de viaturas por parte do Governo do Estado, nessa manhã, e vê a necessidade da criação de uma força-tarefa no município. “Estamos recebendo viatura, mas também estamos tratando de uma força-tarefa para combater o crime em Viamão. Temos ações de vídeomonitoramento, iniciativas escolares, tudo com recurso municipal. Agora, precisamos achar caminhos para melhorar o efetivo da BM e a estrutura da Polícia Civil. Viemos dialogar com o governador Sartori e o secretário da Segurança, Cezar Schirmer”.
A Polícia Civil está realizando o trabalho investigativo sobre o crime, com apoio de cinco agentes encaminhados pelo Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa, que reforçam as diligências. Várias linhas sobre quem seriam os autores já estão sendo apuradas. “As informações que chegam da comunidade são extremamente importantes e garantimos o anonimato delas”, destacou ainda na terça-feira o subchefe de Polícia Civil, delegado Leonel Carivalli. Além do telefone 197 da PC, as denúncias podem ser repassadas ao 181 da Secretaria da Segurança Pública. “Estamos desencadeando todas as ações para chegar a autoria desse crime”, enfatizou.
*Com informações do Correio do Povo
