Consulados devem assistir crianças brasileiras em abrigos nos EUA

Itamaraty disse que “acompanha com muita preocupação” a situação das crianças brasileiras e que espera a “efetiva revogação da prática de separação”

O Ministério das Relações Exteriores divulgou uma nota hoje orientando os consulados do Brasil nos Estados Unidos a mapear os abrigos para onde foram levadas as crianças brasileiras que foram separadas dos pais. Eles também devem prestar assistência a elas com visitas constantes e fornecer informações aos pais sobre possíveis caminhos jurídicos para a recuperação da guarda dos filhos.

O Itamaraty disse que “acompanha com muita preocupação” a situação das crianças brasileiras e que espera a “efetiva revogação da prática de separação” de crianças e pais identificados e capturados tentando imigrar ilegalmente para os Estados Unidos. Para o Ministério, o ato “configura uma prática cruel e em clara dissonância com instrumentos internacionais de proteção aos direitos da criança”.

O órgão também recomendou aos membros dos consulados promover campanhas de esclarecimento sobre os riscos de cruzar a fronteira dos EUA ilegalmente e diálogo permanente com o governo estadunidense sobre temas consulares.

A separação das famílias havia sido determinado pelo presidente dos EUA, Donald Trump, mas foi cancelado após novo decreto publicado hoje.

Em entrevista concedida hoje à Agência Brasil, o cônsul-geral adjunto do Brasil na cidade de Houston, Felipe Santarosa, afirmou que pelo levantamento do Itamaraty havia 49 meninos e meninas brasileiros nesse tipo de instalação.