Assembleia de médicos termina sem consenso sobre greve no Hospital de Osório

Segundo diretor do Simers, situação é delicada e requer avaliação cautelosa

Imagem: Divulgação Simers

Sem consenso, médicos do Hospital São Vicente de Paulo, em Osório, no litoral Norte, realizaram uma assembleia, na tarde desta terça-feira. A meta era decidir sobre a adesão à paralisação dos demais trabalhadores. De acordo com o diretor do Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers), Jorge Eltz, a situação é delicada e, por conta disso, um novo encontro vai ser marcado, dentro de cerca de 15 dias. Até lá, os médicos seguem trabalho, mesmo que se mantenham os atrasos de salário, desde 2016.

De acordo com Eltz, muitos dos profissionais recebem salário conforme as horas trabalhadas, o que prejudica o profissional em caso de greve. O diretor do Simers sustenta, porém, que a situação não pode ficar como está. Ele lembra que, mesmo com o acordo para o pagamento de salários atrasados em dez parcelas, o hospital não cumpriu.

Funcionários seguem em greve

Sem sucesso, funcionários e direção do Hospital de Osório tentaram, na tarde de ontem, um acordo sobre a greve, que ocorre desde quinta-feira passada. Conforme o diretor interventor Márcio Rolim de Araújo, os trabalhadores não aceitaram a proposta de parcelar em seis vezes o pagamento do 13º.

A paralisação, que teve origem em atrasos salariais, tanto de 13º quanto de FGTS, passou em assembleia e, conforme nota divulgada pelo Sindisaúde/RS, os funcionários admitem receber o pagamento parcelado, mas em apenas duas vezes. A direção reiterou que essa possibilidade é inviável, já que há pendências de dois incentivos, de R$ 258 mil cada, pagos pelo governo estadual, o que representa 50% da folha de pagamento.