STF pode julgar pedido de liberdade de Lula no dia 26

Defesa sustenta que petista é pré-candidato à Presidência e teve direitos políticos cerceados ante a execução da pena, que não é definitiva

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin liberou para julgamento o recurso protocolado pela defesa para suspender a condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O caso deve ser julgado pela Segunda Turma da Corte em 26 de junho, conforme sugestão do ministro. Se a condenação for suspensa, como pedem os advogados, o ex-presidente pode deixar a prisão e também se candidatar às eleições.

Lula segue preso na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba desde 7 de abril, por determinação do juiz Sérgio Moro, que ordenou a execução provisória da pena de 12 anos e um mês de prisão pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro, no caso do tríplex em Guarujá (SP). A prisão foi executada com base na decisão do STF que autorizou prisões após o fim dos recursos segunda instância da Justiça.

Na petição enviada ao Supremo, a defesa do ex-presidente sustenta que há urgência na suspensão da condenação, porque Lula é pré-candidato à Presidência e teve os direitos políticos cerceados ante a execução da condenação, que não é definitiva.

“Além de ver sua liberdade tolhida indevidamente, corre sério risco de ter, da mesma forma, seus direitos políticos cerceados, o que, em vista do processo eleitoral em curso, mostra-se gravíssimo e irreversível”, argumentou a defesa.

Além de Fachin, a Segunda Turma do STF é composta pelos ministros Gilmar Mendes, Ricardo Lewadowski, Dias Toffoli e Celso de Mello.