Porto Alegre é a sétima capital mais violenta do País, mostra Atlas da Violência

Em 2016, índice de homicídios na Capital era maior que do Rio de Janeiro, hoje sob intervenção federal

Porto Alegre é a sétima capital mais violenta do país, de acordo com o Atlas da Violência 2018 – Políticas Públicas e Retratos dos Municípios Brasileiros, do Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea) e Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), divulgado nesta sexta-feira.

Os dados, de 2016, apontaram que a taxa de homicídios e de mortes violentas com causa indeterminada (MVCI) na capital gaúcha chegou a 58,1. Atrás apenas de Belém (77), Aracaju (76,5), Natal (70,6), Rio Branco (63,4), Salvador (61,7) e São Luís (59,5). No período analisado, Porto Alegre era mais perigosa que o Rio de Janeiro, que na época ficou em 20º lugar e hoje está sob intervenção militar.

Foi nesse período que a Força Nacional começou a atuar na capital gaúcha. O estopim para a chegada das tropas foi a morte de Cristine Fonseca Fagundes, de 44 anos, em frente ao colégio Dom Bosco, na zona Norte, em agosto de 2016. Ela foi assassinada em uma tentativa de latrocínio. A filha dela, de 17 anos, presenciou o ataque. Assim como Cristine, outras quatro pessoas morreram só naquele mês, vítimas de latrocínio (roubo seguido de morte) em Porto Alegre.

O Atlas da Violência mostra ainda que metade dos homicídios registrados em 2016 ocorreu em apenas 123 cidades do Brasil. Dessas, sete do Rio Grande do Sul. Alvorada lidera a lista gaúcha com taxa de 78,1, seguida por Viamão (77,1), Porto Alegre (58,1), Canoas (47,9), Gravataí (42), Caxias do Sul (35,5) e Pelotas (26,8).

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