Com o Partido Progressista (PP) inclinado a dar palanque, no Rio Grande do Sul, ao pré-candidato a presidente Jair Bolsonaro (PSL), a senadora Ana Amélia Lemos preferiu, hoje, manter o distanciamento em relação à possibilidade de fazer campanha junto do deputado federal. De acordo com ela, o PP ainda não fechou questão sobre o assunto.
“Eu não boto a carroça na frente dos bois. Existe um dispositivo na convenção partidária nacional de que a escolha, primeira, sobre alianças no plano nacional passa necessariamente pelo Diretório Nacional”, alertou. Ana Amélia falou para o programa Esfera Pública, na tarde de hoje.
De acordo com a senadora, o PP gaúcho não dispõe de autonomia para decidir sem o aval da Executiva Nacional. Nessa quinta, o pré-candidato do PP ao governo do Rio Grande do Sul, deputado federal Luis Carlos Heinze, ganhou apoio do PSL, do DEM e do Pros para a disputa eleitoral. Os três partidos defendem o nome de Bolsonaro à Presidência da República.
Em duas semanas, a cúpula progressista se reúne para definir a quem vai apoiar em nível nacional. O PP precisa se definir Álvaro Dias (Podemos), Ciro Gomes (PDT), Geraldo Alckmin (PSDB) e Jair Bolsonaro (PSL). Além disso, existe a possibilidade de a sigla liberar os palanques aos presidenciáveis em cada estado.
Sobre o encontro, Ana Amélia adiantou que pode votar pela liberação ou pelo apoio ao pré-candidato tucano. “Por afinidade, uma opção é Alckmin. E pelo histórico. Em 2010, nós apoiamos Serra, em 2014, Aécio. Em 2018, Alckmin é o candidato, que é muito preparado”, ponderou.
Sobre dois dos postulantes à Presidência, a senadora criticou o tom intempestivo. “Bolsonaro e Ciro têm semelhança no jeito de reagir a determinadas provocações”, comparou. Ainda assim, a senadora desconversou quando questionada se pode traçar outra estratégia caso o PP decida apoiar algum deles.
