Copa do Mundo deve movimentar mais de R$ 20 bilhões na economia nacional

Maior parte dos gastos está ligada ao consumo de bebidas e alimentação

Uma pesquisa realizada nas capitais brasileiras pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) projeta que cerca de 60 milhões de consumidores brasileiros devem gastar com produtos ou serviços relacionados à Copa do Mundo. Apenas 25% dos entrevistados na pesquisa não devem consumir produtos ligados ao Mundial. Segundo o estudo, os jogos do Mundial devem movimentar cerca de R$ 20,3 bilhões nos setores de comércio e serviços em todo o Brasil.

A pesquisa ouviu 1.061 consumidores de ambos os gêneros, de todas as classes sociais, acima de 18 anos e em todas as capitais para detectar o percentual de quem vai assistir e acompanhar a Copa do Mundo. Depois, a pesquisa se aprofundou a partir de 843 entrevistados que pretendem acompanhar ao evento. Os entrevistados puderam optar por mais de uma resposta.

Segundo a projeção, o foco da maior parcela de gastos está ligado ao consumo de alimentos e bebidas para o acompanhamento das partidas nas próprias residências dos torcedores, como tira-gostos (56%), pipocas (37%), salgados (39%), cerveja (74%), refrigerantes (72%), água (69%) e itens para churrasco (49%). Cerca de 91% dos entrevistados citaram esses tipos de consumo.

Outros serviços que serão fonte de gasto serão as idas em bares e restaurantes para assistir as transmissões da Copa – um total de 62%. As compras de adereços, decoração e acessórios representaram, respectivamente, 61%, 54% e 48% do foco de consumo, segundo o levantamento realizado. A pesquisa mostra ainda que 46% dos consumidores participarão de bolões, 38% vão adquirir serviços de internet para smartphone e 21% pretendem contratar pacotes de TV.

Apesar de toda essa movimentação financeira, metade dos consumidores entrevistados disse que não pretende realizar as compras nos horários de transmissão de jogos.

Arrecadação projetada
Segundo o levantamento, os principais locais de compra serão os supermercados (68%), lojas de rua (35%) e camelôs (28%).

A média de gastos para quem vai acompanhar as partidas na casa de amigos ou parentes (44%) chega a R$ 119, enquanto os que pretendem ir a bares ou restaurantes (22%) terão uma média de R$ 128. Para 35% dos entrevistados, a prioridade na escolha do estabelecimento está relacionada principalmente ao preço acessível das bebidas, seguido de questões como ‘qualidade do serviço’ (30%), ‘presença de amigos ou familiares (27%), e o ‘tamanho do telão’ (27%).

Folgas
Em 17% dos casos, a empresa onde o entrevistado trabalha pretende liberar os funcionários durante os jogos da seleção brasileira. Os trabalhadores que garantem ter um horário flexível de trabalho ou que vão fazer uma pausa no expediente durante as partidas, representaram parcela de 14%. Apenas 6% disseram que os funcionários vão trabalhar regularmente e sem pausa durante as partidas do Brasil.