Parque Pontal vai ser entregue em até quatro anos na zona Sul de Porto Alegre

Espaço com 10 mil metros de área aberta deve estar disponível para acesso público até 7 de julho

Um dos espaços inutilizados com maior expectativa de definição em Porto Alegre, a área que pertenceu ao antigo Estaleiro Só e permanecia abandonada desde 1995, finalmente teve futuro definido. O complexo Parque Pontal, localizado no terreno entre a Fundação Iberê Camargo e o Barra Shopping Sul, deve ficar pronto entre 36 e 42 meses. As obras devem começar entre dezembro e fevereiro.

O projeto completo, apresentado nesta terça-feira, conta com 114 mil metros quadrados de construção e um investimento privado de mais de R$ 300 milhões. Um protótipo do parque junto à orla, no entanto, deve ser lançado no início de julho. Serão 10 mil metros quadrados de área aberta – aproximadamente um terço do total do parque – que serão disponibilizados ao público diariamente a partir de 7 de julho.

A proposta do local, que teve investimento de R$ 2,5 milhões, é entregar de forma antecipada o projeto que só vai ser concluído em, pelo menos, três anos. No espaço, devem funcionar opções de lazer, cultura, gastronomia e vista privilegiada para o Guaíba com um deck de madeira de 600 metros quadrados, palco multiuso, quadra esportiva de areia, bicicletário e uma pequena praia. O paisagismo prevê 30 mil novas mudas e 4 mil metros quadrados de grama plantada.

Com um total de 29 mil metros quadrados e 700 metros de orla na conclusão, o Parque Pontal vai ser o primeiro construído com recursos privados na orla de Porto Alegre. Grandes espaços verdes, mirantes, arquibancadas, pistas de caminhada e playground estão previstos no projeto, assinado pelo arquiteto e urbanista Guilherme Takeda. Também é previsto um Memorial do Estaleiro Só, que movimentou a região com a construção de navios no século passado.

A entrega final do parque deve ocorrer simultaneamente à do empreendimento, chamado de complexo multiuso e prevendo uma torre de mais de 20 andares. No local, vai funcionar um shopping com 163 lojas, incluindo espaços para restaurantes, praça de alimentação e cinema, além de uma megastore da Leroy Merlin. O prédio vai contar ainda com salas comerciais, consultórios e com o segundo centro médico conectado ao Hospital Moinhos de Vento. Um hotel também deve ser construído.

De acordo com o responsável pela construtora do empreendimento, Leandro Melnick, o período de início da construção deve demorar de seis a oito meses. Em seguida, estima-se que todas as obras devam ser concluídas em um período de aproximadamente 42 meses. Ainda segundo ele, todos os impactos da obra já foram licenciados junto à Prefeitura, restando apenas a licença de início, de caráter operacional. A empresa se juntou à BM Par, proprietária do terreno, há cinco anos, período dedicado a aprovar e viabilizar o conceito na cidade.

Para o prefeito Nelson Marchezan Júnior, a parceria firmada com a iniciativa privada foi em nome do interesse público de Porto Alegre. “Isso aqui é, acima de tudo, na nossa cidade, uma quebra de paradigma”, disse o chefe do Executivo. Para o vice-prefeito Gustavo Paim, a apresentação do Pontal era uma demonstração de que, após um longo debate, enfim, foi possível tirá-lo do papel. “Claro que é um projeto privado, mas há toda uma área pública”, comentou Paim.

Em entrevista para o Guaíba News, nesta terça, o procurador-geral adjunto da Capital, Nelson Marisco, lembrou que um termo de compromisso, com a lista de contrapartidas a serem assumidas pela empreiteira, foi firmado e vai ser fiscalizado pela Prefeitura. “Entre as contrapartidas, a construtora deve implementar ciclovia, plataforma para estação de transporte coletivo, bolsões para estacionamento e adequação da sinalização viária do entorno”, ressalta.

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