Número de casas danificadas chega a 2.630 após madrugada de tempestades e tornados no RS

Coordenador estadual da Defesa Civil apelou à comunidade para que ajude com kits de higiene, kits dormitório, lonas e telhas

Imagem: Laura Gross/Rádio Guaíba

Após reunião entre o governador José Ivo Sartori e representantes de sete secretarias, a Defesa Civil Estadual confirmou, na tarde de hoje, que chega a 2.630 o número de casas atingidas pelos temporais registrados, desde domingo, no Rio Grande do Sul. Pelo menos 24 municípios das regiões Norte, Centro, Planalto e Serra dependem de auxílio após famílias terem as casas destruídas pelo vento forte. O número deve crescer nas próximas horas. Conforme o governador, os temporais foram mais fortes que o previsto pela Defesa Civil.

A reunião de hoje, que teve a participação das secretarias de Segurança, Educação, Saúde, Comunicação, Casa Militar/Defesa Civil e Desenvolvimento Social, serviu para definir ações de auxílio. O coordenador estadual da Defesa Civil, coronel Alexandre Martins, apelou à comunidade para que ajude com kits de higiene, kits dormitório, lonas e telhas.

O órgão ainda contabilizou 22 famílias desalojadas e 10 desabrigadas, na tarde desta terça. Os municípios mais atingidos foram em Giruá e Santa Bárbara, que registraram 600 residências com algum dano, seguido de Porto Xavier com 500 e Tupanciretã com 400.

As duas mortes confirmadas, de um homem e uma mulher, ocorreram, respectivamente, nas cidades de Ciríaco e Sarandi. Ambos foram vítimas de desabamento, dentro de casa. Ainda conforme a Defesa Civil, os estragos só não foram maiores porque os ventos não atingiram áreas urbanas, com número maior de habitantes.

Tempestades e tornados atingiram o RS

Casa desabou no interior de Ciríaco matando morador | Foto: Cristiano Duarte Krummenauer / Rádio Planalto / CP

Conforme a MetSul Meteorologia, a Metade Norte do Rio Grande do Sul sofreu “uma onda de tempestades violentas” durante a madrugada. Alguns fatores foram cruciais para explicar o evento meteorológico, dentre eles a presença de ar muito quente e úmido com altas taxas de instabilidade atmosférica, o ingresso de uma frente fria, a pressão atmosférica muito baixa e o padrão divergente de vento associado a uma potente corrente de jatos de baixos níveis da atmosfera, o que favoreceu a formação de tornados na região.

A MetSul destacou que foram vários tornados na Metade Norte. O mais grave, que pela severidade dos danos pode ter atingido nível entre F3 e F4 na escala Fujita, que vai até F5, teve vento estimado em 300 km/h e afetou a região entre Coxilha e Tapejara.

Veja a relação de cidades atingidas, conforme a Defesa Civil: