Política de preços da Petrobras segue mantida, esclarece Ministério

Minas e Energia ainda estuda um dispositivo que funcione como “colchão” entre as constantes mudanças de valor do petróleo no mercado e o preço do combustível no varejo

Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

O Ministério de Minas e Energia (MME) defendeu, no fim da tarde de hoje, a política de preços praticada pela Petrobras. Em nota, a pasta destacou que o governo estuda formas de aumentar a previsibilidade dos preços ao consumidor, mas sem interferir na estatal. A nota foi divulgada após a decisão de Pedro Parente de deixar a presidência da Petrobras.

“O que o Ministério de Minas e Energia colocou em debate público visa a criação para o país de uma política de amortecimento dos preços dos combustíveis ao consumidor, um mecanismo que proteja o consumidor da volatilidade dos preços dos combustíveis nas bombas. Algo fora da política de preços da Petrobras”, esclarece o ministério.

A pasta ainda estuda um dispositivo que funcione como “colchão” entre as constantes mudanças de valor do petróleo no mercado e o preço do combustível no varejo. Técnicos do ministério e da Agência Nacional do Petróleo (ANP) começaram a discutir isso hoje. Na próxima segunda-feira, ocorre uma nova reunião, desta vez com a participação de técnicos do Ministério da Fazenda.

A preocupação do governo, no entanto, é descolar a previsibilidade de preços da política de precificação da Petrobras. A ideia é “preservar a atual prática de preços de mercado para o produtor e importador, o que é tido pela atual administração como um ponto fundamental para a atração de investimentos para o setor”. Após a confirmação da saída de Parente, o mercado reagiu negativamente, com queda nas ações da Petrobras e valorização do dólar frente ao real.