Mercado Público sofre com escassez de produtos devido a paralisação

Empresários vêm usando camionetes próprias para reabastecer

Foto: Alina Souza/CP

A baixa na distribuição de produtos e serviços devido à greve dos caminhoneiros afeta também o Mercado Público. Vendedores sofrem com a falta ou escassez de itens que mantêm os negócios, além da baixa circulação de clientes nos estabelecimentos durante a paralisação dos caminhoneiros, desde a semana passada. Entre os principais prejudicados estão as peixarias e os açougues.

“Todas as peixarias estão fechando ao meio-dia”, disse o funcionário Valtencir da Rosa, que também afirmou que as vendas caíram em cerca de 90% durante a greve. Ainda segundo ele, apenas dez caixas do produto vêm chegando ao local por dia.

Quando o assunto é carne vermelha, os problemas parecem ser semelhantes, mas dividem opiniões. Enquanto recebia uma entrega na manhã de quarta-feira, Rafael Sartori, proprietário de um açougue, disse que o estabelecimento sofreu forte impacto pela paralisação.

Conforme ele, o local só conseguiu diminuir as despesas porque garantiu entregas de carnes embaladas a vácuo, mas o produto fresco, carro-chefe do negócio, segue em falta. Ainda de acordo com ele, normalmente são recebidas cerca de duas toneladas por dia de fornecedores.

“Hoje, a gente briga por 100 quilos, 50 quilos”, comentou. No açougue ao lado, no entanto, conforme o sócio-gerente Alexandre Novo, apesar de a greve afetar o serviço, a situação não é considerada grave. Ainda conforme ele, houve uma queda no recebimento de carne, mas que já era imaginada.