Marun: preço do diesel cai na sexta, “não importa como”

Postos terão de informar preço antigo e preço novo, com desconto

Ministros da Segurança Pública, Raul Jungmann, e da Secretaria de Governo, Carlos Marun, falam sobre Forças Armadas garantir o abastecimento.

O ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, disse na noite de hoje que o compromisso do governo é com o preço que o diesel vai chegar aos caminhoneiros e não com “a forma como isso vai acontecer”. O ministro deu a declaração aos jornalistas após a coletiva do ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, e do chefe do Estado Maior-Conjunto das Forças Armadas, almirante Ademir Sobrinho.

Marun disse que o caminhoneiro vai ter, a partir de sexta-feira (1º), o preço do diesel R$ 0,46 mais barato em relação ao preço praticado dia 21 de maio, quando a greve da categoria foi deflagrada. Os postos terão que informar o preço antigo e o preço novo, com desconto. “O nosso compromisso é com o valor do diesel no tanque. A forma como vai acontecer está sendo definida e redigida”.

A declaração do ministro se dá no momento em que o governo estuda o que fazer com o projeto aprovado no Senado e enviado para o presidente da República. O projeto reonera a folha de pagamento de 28 setores e isenta o óleo diesel da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) e do PIS/Cofins (respectivamente, as siglas dos tributos Programas de Integração Social e de Formação do Patrimônio do Servidor Público e Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social). Esse último, no entanto, é um imposto de que o governo não pretende abdicar e que não havia entrado no acordo inicial entre Planalto e Congresso.

Segundo Marun, a análise de vetos ao projeto está sendo feita pelo governo. A intenção do ministro é acalmar os caminhoneiros, que queriam ver publicada a isenção do PIS/Cofins conforme aprovado no Congresso. Esse ponto, porém, deve ser vetado por Temer, já que o governo só admite abrir mão de R$ 0,11 dos R$ 0,41 cobrados em PIS/Cofins sobre cada litro do combustível.

Marun disse que “estão querendo diminuir o ímpeto dos caminhoneiros que estão voltando ao trabalho” ao divulgar informações sobre a possibilidade do veto. A expectativa do governo, de acordo com ele, é resolver a questão o quanto antes, talvez ainda na madrugada de hoje para amanhã.