Depois de apoiar caminhoneiros, Fetag adverte que greve ganhou fundo “político-ideológico”

Entidade orienta que trabalhadores rurais retirem apoio das mobilizações

A Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag), que de início apoiou a greve dos caminhoneiros, emitiu hoje uma nota em que adverte que, decorridos nove dias de paralisações, o foco passou a ser “político-ideológico”. De acordo com a entidade, mais de 100 mil famílias, que produzem leite, suíno, frango e hortifrutigranjeiros correm risco de perder toda a produção.

No comunicado, a Federação destacou o êxito obtido na reivindicação do diesel, por exemplo, que também atende a reivindicação da agricultura familiar. A entidade salienta, porém, que diante da mudança de contexto, não pode mais concordar com a manifestação.

“Assim, a orientação da FETAG-RS, neste momento, é que haja serenidade e que os Sindicatos dos Trabalhadores Rurais retirem o apoio das mobilizações”, enfatiza a nota. Nela, a Federação onclama ao comando das mobilizações para desobstruir a passagem de caminhões com produtos dos agricultores, além de insumos e rações para que a indústria possa retomar a produção. “Os agricultores não podem pagar a conta da incompetência dos nossos governos e de uma mobilização sem controle”, finaliza o texto.