Senadores propõem teto de 18% para ICMS de gasolina e 7% sobre diesel

Senadores Randolfe Rodrigues (REDE-AP) e Romero Jucá (MDB-RR) apresentaram hoje projeto nesse sentido

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Em meio às reações de parlamentares e do governo após a paralisação de caminhoneiros em diversos estados do país devido à alta do preço dos combustíveis, os senadores Randolfe Rodrigues (REDE-AP) e Romero Jucá (MDB-RR) apresentaram hoje um projeto que prevê a limitação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) cobrado pelos estados sobre a gasolina, o álcool e o diesel.

A intenção da proposta é evitar que cada estado cobre uma tarifa diferente sobre os produtos, o que acaba encarecendo o preço. Randolfe propôs ontem o projeto de resolução do Senado, que precisa da assinatura de 41 senadores para que comece a tramitar. A matéria vai contar com a coautoria do líder do governo no Senado, Romero Jucá. No final da tarde, ambos tinham conseguido a assinatura de 18 senadores.

Caso seja aprovado por 54 dos 81 senadores, o tributo cobrado sobre os preços da gasolina e do álcool fica limitado a 18%. Já o teto para as operações com o diesel deve ser de 7%. No Rio Grande do Sul, as alíquotas em vigor, desde 2016, podem, com isso, cair praticamente pela metade. Hoje, o ICMS sobre a gasolina cobrado pelo governo gaúcho é 30%, e o do diesel, de 12%.

“Reduzir o percentual [do ICMS] necessariamente não vai baixar a arrecadação nominal desses impostos para os estados, porque está havendo um aumento de preço, do dólar e, portanto do valor final da cobrança. Se a gente reduzir a cobrança do percentual, mas aumentar o valor do básico calculado, teremos um valor nominal ainda alto”, argumentou o líder do governo.

Vai tramitar só no Senado
De acordo com Randolfe Rodrigues, a proposta é uma tentativa de solucionar a crise e dialogar com os caminhoneiros, já que a política de preços subsidiados aplicada nos últimos anos “fracassou”. “A [alternativa do governo de zerar a] Cide [Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico] vai representar redução de R$ 0,05, mas um terço do preço do combustível está no ICMS. Com o projeto que apresentamos, cabe só ao Senado apresentar uma resposta sobre o tema”, disse.

O parlamentar explicou que, como se trata de um projeto de resolução, as novas regras são competência exclusiva do Senado, sem necessidade de passarem pela Câmara.

WP Twitter Auto Publish Powered By : XYZScripts.com
Sair da versão mobile