Revendedores de gás liquefeito de petróleo (GLP) em todo o Rio Grande do Sul passaram a notificar o Sindicato das Empresas Distribuidoras, Comercializadoras e Revendedoras de Gases em Geral do Rio Grande do Sul (Singasul) sobre a falta do recebimento do combustível.
Nas regiões Sul e Metropolitana, há falta total na entrega de gás pelas distribuidoras, segundo informou o presidente do Singasul, Ronaldo Tonet. Em Bagé, Torres e Três Cachoeiras, alguns dizem ter gás para apenas um dia de consumo.
Se a greve dos caminhoneiros e o bloqueio no acesso e saída de veículos às bases das distribuidoras, localizadas no município de Canoas, em três dias passa a faltar gás, de forma geral, ao mercado consumidor, prevê Tonet.
Segundo dados do Singasul, o trânsito de caminhões de gás na avenida Antônio Frederico Ozanan, em Canoas, que dá acesso à base das seis distribuidoras (Ultragaz, Liquigás, Copagaz, Concigaz, SuperGasBras, e Nacional Gás) é bloqueado pelos manifestantes.
Frio eleva consumo em 20%
A situação nesta quarta-feira ainda não era crítica para o consumidor, mas preocupa. Conforme Tonet, “o consumo de gás subiu 20% devido o frio”.
No Rio Grande do Sul há cerca de seis mil empresas trabalhando na revenda de GLP. O gás às distribuidoras chega pelo Guaíba, de Rio Grande até o terminal Niterói da Refinaria Alberto Pasqualini (Refap), em Canoas, e, por via rodoviária, da Refinaria Presidente Getúlio Vargas (PR).