Paralisação de caminhoneiros preocupa a indústria gaúcha

Para o presidente da Fiergs, redução da Cide não pode ficar condicionada à reoneração da folha de pagamento de setores da economia

O presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs), Gilberto Petry, expressou hoje preocupação com a paralisação dos caminhoneiros em rodovias do País, decorrente de insatisfações com o aumento do diesel. Segundo Petry, além de prejudicar a população, as manifestações, que entraram no terceiro dia nesta quarta-feira, já trazem consequências para a indústria gaúcha, na medida que impedem mercadorias de chegarem ao destino.

Petry entende que, apesar de legítimas, as manifestações nunca devem comprometer o fluxo de cargas e de pessoas. “O bloqueio das estradas agride o direito constitucional assegurado de ir e vir das pessoas no Brasil”, afirmou.

“Além disso, redução da Cide (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico) sobre o óleo diesel não pode ficar condicionada à reoneração da folha de pagamento para setores da economia (como defendeu ontem o governo)”, reforça.

No Rio Grande do Sul, a fábrica da General Motors, em Gravataí, suspendeu a produção na terça-feira, e os setores de laticínios, aves e suínos também sofrem prejuízo.