O presidente Michel Temer anunciou, nesta terça-feira, em evento do MDB em Brasília, que não vai disputar à Presidência da República, devendo apoiar a candidatura do ex-ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. “Chamamos você, Meirelles, para ser presidente do Brasil”, disse. “Que você seja o único candidato de centro a continuar o que começamos.”
Temer decidiu apoiar publicamente Meirelles nos últimos dias. O anúncio oficial coincidiu com o lançamento do documento “Encontro com o Futuro”, em conjunto com a Fundação Ulysses Guimarães, braço político da sigla. Mais cedo, o ministro Moreira Franco (Minas e Energia) culpou o ambiente político-parlamentar pela não conclusão de algumas propostas do “Ponte para o Futuro”, carro-chefe do PMDB na gestão Temer.
O presidente criticou também candidatos que dizem ser a salvação do país. Ele defendeu que a população vote não apenas em um candidato, mas em um programa. Temer ainda apelou aos emedebistas: “não aceitem quem só fala o que fazer. É preciso mostrar o como fazer”. E completou: “Não podemos brincar porque a crise volta”.
O presidente e o ex-ministro se disseram contrários a eventuais discursos radicais que possam surgir durante a campanha. Já Meirelles discursou pela primeira vez como pré-candidato: “Sou radical, mas na liberdade em seu sentido mais radical, onde todos são livres para escolher seu caminho. Sou radical da economia forte”, disse, explicando que se pôs à disposição do partido “para que o radicalismo não permaneça”.
