Presidente do Sulpetro pede soluções mais imediatas para alta do diesel

João Dal'Aqua afirmou que fim da Cide é alento, mas efeitos só serão sentidos em três meses

Foto: Alina Souza/CP

O presidente do Sindicato Intermunicipal do Comércio Varejista de Combustíveis e Lubrificantes do RS (Sulpetro), João Dal’Aqua, afirmou à Rádio Guaíba, na noite desta terça-feira, que mesmo o fim da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) sobre o diesel não vai resolver os problemas dos fornecedores de combustíveis.

“A curto prazo tenho preocupações e não consigo ver nada mágico nesse momento”, disse ele. “Se aprovar, vai levar três meses para poder se efetivar e não vai resolver o problema na magnitude atual. Afeta taxa de câmbio, preço do petróleo, alíquotas tributárias”, elencou. “Pode ser um alento, mas não vai reduzir nesse momento algo significativo.”

O dirigente disse que os revendedores sofrem prejuízos desde o ano passado. “A revenda está sofrendo muito, está se descapitalizando e se endividando”, disse ele, que afirmou se solidarizar também com os caminhoneiros, que fazem protestos em rodovias do País desde segunda-feira. “A situação atinge todo mundo.” A entidade defendeu, mais cedo, a uniformização das alíquotas do ICMS para baixar os preços dos combustíveis.

Dal’Aqua cobrou soluções do Executivo: “O governo precisa entender que o momento é muito difícil e temos de buscar movimentos e atitudes concretas. Se não tomar nenhuma atitude, não é bom para ninguém”, destacou. “Nem consumidor, que está sendo pressionado, nem para a revenda, em situação complicada”, finalizou.