Passa a faltar combustível no interior do Rio Grande do Sul

Manifestação dos caminhoneiros - que ocorre desde ontem - deve prejudicar também o setor alimentício

A paralisação dos caminhoneiros contra o preço cobrado pelo diesel, com bloqueio e interrupção em alguns trechos de rodovias ou até mesmo com veículos parados, passa a refletir no cotidiano da população. Em Pelotas, na Metade Sul, quem precisou abastecer teve uma surpresa: alguns postos já não tinham gasolina. Nos que ainda dispunham do combustível, foram registradas filas durante todo o dia.

De acordo com a assessoria de imprensa da Sulpetro, o município foi o único, até o momento, que registrou que já sofre com a falta de gasolina, já que não houve o abastecimento devido à dificuldade de locomoção dos caminhões com a carga

Empresa paralisa atividades

A manifestação dos caminhoneiros – que ocorre desde ontem – deve prejudicar também o setor alimentício. A Cooperativa Central Aurora Alimentos confirmou, em nota, que vai paralisar as atividades das indústrias de processamento de aves e suínos no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul nesta quinta e sexta-feira.

De acordo com a nota, a suspensão tornou-se inevitável devido aos efeitos dos protestos que impedem a passagem dos caminhões com os insumos necessários ao funcionamento das indústrias e ao escoamento do produto final. “A capacidade de estocagem de produtos frigorificados – de 50 mil toneladas – está exaurida”, garante a nota.

GM suspende fabricação de veículos em Gravataí

Em Gravataí, a fábrica da General Motors (GM) também suspendeu atividades, por tempo indeterminado, em função das manifestações. Em nota, a montadora esclarece que o movimento dos caminhoneiros impactou o fluxo logístico nas fábricas no Brasil, “com reflexo nas exportações”.

Ainda conforme o comunicado, com a falta de componentes, as linhas de produção começaram a ser paralisadas e o complexo, a enfrentar dificuldades na distribuição de veículos à rede de concessionárias.